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EUA começam a retirar tropas de duas bases no Afeganistão após acordo com Talibã

  • G1 | FOTO: AFP
  • 12 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura

As tropas dos Estados Unidos começaram nesta terça-feira (10) a deixar duas bases militares do Afeganistão. A retirada ocorre no momento em que devem começar as negociações de paz entre o governo afegão e o grupo extremista islâmico Talibã, com a violência e a crise política no país como pano de fundo (leia mais abaixo sobre os desafios no país asiático).


Segundo o acordo assinado no mês passado em Doha todas as forças estrangeiras devem abandonar o Afeganistão em um período de 14 meses, desde que o Talibã cumpram seus compromissos na área de segurança. O texto pode colocar um fim à guerra mais longa já enfrentada pelos EUA.


O acordo estipula que o governo dos Estados Unidos tem que reduzir inicialmente o contingente no Afeganistão de 12 mil para 8,6 mil até meados de julho. Além disso, os norte-americanos devem fechar cinco das 20 bases que têm no país.


Os militares começaram a abandonar uma base em Lashkar Gah, capital da província de Helmand (sul), e outra em Herat (leste), informou à AFP uma fonte norte-americana que pediu anonimato.


EUA ainda observam violência


Apesar das saídas, as forças americanas mantêm "todos os recursos militares e a autoridade para cumprir seus objetivos", afirmou na segunda-feira o coronel Sonny Leggett, porta-voz do contingente americano. Helmand, que ao lado da província vizinha de Kandahar é considerada um reduto dos talibãs, foi cenário dos confrontos mais violentos da guerra que começou há 18 anos. Omar Zwak, porta-voz do governador de Helmand, disse à AFP que entre 20 e 30 estrangeiros deixaram Lashkar Gah desde o fim de semana.


Crise no Afeganistão


Após o acordo, os talibãs, que afirmam ter conquistado uma "vitória" contra os Estados Unidos, continuam executando ataques de baixa intensidade contra as forças afegãs. Até o momento, as forças americanas responderam a apenas alguns deles.


Segundo os termos do acordo de retirada das tropas estrangeiras, o Talibã deve impedir as ações dos jihadistas e de grupos como o Estado Islâmico ou a Al-Qaeda, além de iniciar negociações com o governo afegão.


Porém, o governo do Afeganistão enfrenta uma situação caótica e parece incapaz de apresentar uma frente unida nas negociações com o Talibã. Tanto o chefe de Estado oficialmente reeleito, Ashraf Ghani, como o opositor Abdullah Abdullah — que alegou fraudes nas eleições — se declararam presidentes, em cerimônias paralelas, o que levou o país a uma crise institucional.


Washington expressou na segunda-feira sua firme oposição à formação de um "governo paralelo" no Afeganistão. "Nos opomos firmemente a qualquer ação para estabelecer um governo paralelo e qualquer uso da força para resolver as divergências políticas", afirmou o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.

Tudo isto acontece no momento em que deveria começar o diálogo dentro do Afeganistão, com talibãs, autoridades do governo, da oposição e da sociedade civil, para tentar encontrar uma área de consenso sobre o futuro do país. A divisão dentro do Executivo enfraquecerá o governo afegão e reforçará as posições insurgentes, afirmam os analistas.


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