Engenheiros da Infraero vistoriam Aeroporto Municipal Juvenal Cardoso

Nesta semana, dois engenheiros da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) estiveram em Pato Branco realizando uma avaliação técnica sobre o Aeroporto Municipal Juvenal Cardoso.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Osmar Braun Sobrinho, a presença dos engenheiros ocorreu devido uma solicitação de recursos [R$ 50 milhões] feita pelo Município de Pato Branco à Infraero, ainda em janeiro.

Segundo o prefeito de Pato Branco Augustinho Zucchi, a ampliação do aeroporto permitirá que qualquer aeronave opere no local. “A intenção é que o aeroporto possa atender toda a demanda, não só da região Sudoeste, como do noroeste de Santa Catarina”.

Da mesma forma que foi feita solicitação federal, o município também recorreu ao "ao Governo do Estado para viabilizar as obras de ampliação. O pedido foi feito ainda em agosto do ano passado, quando o governador Carlos Massa Ratinho Júnior esteve em Pato Branco cumprindo agenda. Ele ainda foi reiterado em novembro, quando o município foi sede do Governo.

Vistoria

Além de analisar toda a estrutura do local, os engenheiros também tiveram acesso a todos os projetos do aeroporto. A partir de agora, os representantes da Infraero, irão analisar, detalhadamente, os projetos do local entregues pelo município à empresa, e depois irão repassar os próximos passos necessários para a ampliação.

“O que nós tivemos de positivo nessa viagem, que os técnicos da Infraero fizeram aqui, foi a avaliação deles sobre o nosso aeroporto que, com algumas adequações já poderá atender à demanda para qualquer tipo de operação”, conta Zucchi.

Demanda

Após um ano operando regularmente com uma aeronave [ATR 72 com 70 lugares] da Azul Linhas Aéreas, o aeroporto conta, hoje, com uma grande demanda de passageiros vindos não só do Sudoeste como de outras regiões.

Por isso, se ampliado, o local passará a operar também com a aeronave E 195 da Embraer, com capacidade para atender 174 passageiros.

Em uma pesquisa realizada pela Associação Empresarial de São Lourenço do Oeste (Acislo) de Santa Catarina, divulgada no fim de janeiro, foi apontado a necessidade da implantação de mais voos no município, para atender a demanda.

“Precisamos muito de um voo que saia de Pato Branco pela manhã e retorne à noite, tendo como destinos Curitiba e São Paulo. É ilógico imaginar um aeroporto regional na região de Renascença (PR), com orçamento superior a R$ 400 milhões, sendo que o aeroporto de Pato Branco – em uma ótima localização no Sudoeste –, que está a um passo de se tornar regional, com orçamento de menos de R$ 50 milhões. Questão de eficiência com dinheiro público”, enfatizaram os usuários que participaram da pesquisa.

Utilização do recurso

Braun explica que com os R$ 50 milhões será possível realizar o alargamento da pista para 45 metros [atualmente são 30 metros], construir um novo pátio para as aeronaves e um novo estacionamento compatível com o tamanho do aeroporto, ampliar os aterros da cabeceira, mudas as cercas 75 metros para além de onde estão hoje, e alterar a via de acesso a Comunidade Independência, que segundo Braun, com a ampliação ficará dentro do sítio do aeroporto.

O secretário de Desenvolvimento econômico ressalta que, “com essa transformação vão ser atendidas quatro aeronaves simultaneamente [na pista do aeroporto]”. Além disso, o recurso também servirá para pagar as desapropriações das áreas do entorno.

Plano diretor

Como a área do sítio aeroportuário irá aumentar com a ampliação, os moradores do entorno que já possuem residências e que não terão suas propriedades adentradas pelo aeroporto, precisarão assinar um termo em que afirmam estar cientes sobre estar morando dentro de uma área de ruído. Essa medida já está sendo alterada no plano diretor.

Aeroporto Regional

Dirigentes de entidades, representantes de cooperativas e empresários participaram de uma reunião na semana passada na Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) para debater o andamento do processo do Aeroporto Regional do Sudoeste.

Para essas lideranças foi apresentado o projeto do aeroporto em Renascença. Dando folego a um projeto dito que aponta a “necessidade de uma estrutura que atenda a demanda de passageiros a médio prazo e fortaleça os potenciais econômicos da região”, segundo publicação da Amsop.

Além dos representantes do setor produtivo, também participaram do encontro os deputados estaduais Ademar Traiano e Wilmar Reichembach, enquanto que a maioria dos prefeitos que participaram do evento foram da microrregião de Francisco Beltrão.

De acordo com a associação dos municípios, o projeto do Aeroporto Regional do Sudoeste, defendido pela entidade desde 2006, está em processo de viabilização. E a proposta é que sejam seguidos os estudos iniciais feitos pelo Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA) e Secretaria de Aviação Civil (SAC) que indicaram uma área em Renascença, às margens da rodovia, para comportar a estrutura.

Ainda de acordo com a Amsop, o aeroporto já foi alvo de dois estudos técnicos, que avaliaram diferentes áreas e apontaram para o mesmo local, exatamente entre Francisco Beltrão e Pato Branco. Agora, o Governo Federal pretende bancar o estudo de viabilidade da obra e aguarda a oficialização de convênio com o Governo do Estado.

Outra opção de aeroporto no Sudoeste, foi debatida ainda em setembro do ano passado entre o secretário chefe da Casa Civil, Guto Silva, o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex e representam municípios das regiões Sudoeste e Oeste. Trata-se da reativação do aeroporto de Cruzeiro do Iguaçu.

Inaugurado em 2000 para apoiar a construção da Usina de Foz do Chopim, o aeródromo está há vários anos inativo. Ocupa sete alqueires e conta com pista de 1.500 metros de comprimento e 22 de largura, com áreas para manobra, estacionamento de aviões e carga e descarga.

“O aeródromo está numa região que precisa ser integrada. Pode ser uma alternativa para voos privados e, futuramente, ser incluído no Voe Paraná”, disse o chefe da Casa Civil, na oportunidade.