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Em 30 dias de Operação Verão, 29 pessoas morreram afogadas em SC

  • Diário Catarinense | Foto: Reprodução
  • 15 de jan. de 2020
  • 3 min de leitura

A cada 26 horas uma pessoa morreu afogada no litoral de Santa Catarina durante o primeiro mês da Operação Verão. O estado registrou 29 mortes em rios, cachoeiras e praias até o dia 12 de janeiro. Os casos começaram a ser contabilizados a partir de 12 de dezembro de 2019 e foram divulgados pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta terça-feira (14).

A maioria morreu após se afogar em locais de água doce, com 18 vítimas em rios e cachoeiras. Nas praias, desde o início da operação, 11 pessoas perderam a vida. Conforme o Centro de Comunicação Social do CBMSC, o desrespeito às orientações de segurança é um dos principais fatores que contribuem para as estatísticas.

Entrar em locais fundos mesmo não sabendo nadar, entrar na água após o consumo de bebidas alcoólicas, pular de cabeça ignorando o risco de lesão de cervical e a falta de atenção às cabeças d’água no local estão entre os comportamentos que mais resultam em acidentes.

No primeiro mês da Operação Veraneio desta temporada, socorristas do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina já fizeram 1.316 salvamentos e resgates no estado. O helicóptero Arcanjo operou em 246 ocorrências.

Afogamentos no interior

Longe das praias, moradores do interior do estado buscam em rios, cachoeiras e açudes um refresco para o calor. Com o aumento das temperaturas, crescem também os riscos de afogamento em locais de água doce.

O primeiro mês da operação Veraneio 2019/2020 teve 18 mortes por afogamento, todas elas em locais que não contam a presença de guarda-vidas. Atualmente, apenas cinco municípios do interior do estado têm postos salva-vidas: Lages, Chapecó, Itá, Itapiranga e Mondaí.

É comum também moradores se banharem em locais que ficam dentro de propriedades privadas. “Existe um número muito grande de áreas de lazer privadas muito frequentadas pelas pessoas, é uma pratica comum nessa época do ano”, contou o comandante do Corpo de Bombeiros de Itapiranga, André Rauber.

Há uma instrução normativa do Corpo de Bombeiros catarinense que determina a presença de guarda-vidas e postos de observação em locais privados, entre outras medidas de segurança. A medida vale para "áreas recreativas exploradas economicamente" que tenham "piscina ou área recreativa com opção aquática de lazer, com profundidade superior a 1,20 m e com comprimento superior a 12 metros".

Em alguns locais, os banhistas pagam um valor em troca do uso de banheiros e da infraestrutura oferecida pelo proprietário. Em outros, segundo Rauber, o ambiente é aberto ao público.

Foi em um desses locais de uso livre que o jovem Jonathan Henrique Alves Cardenal, de 21 anos, morreu após se a fogar no dia 5 de janeiro. Ele desapareceu enquanto tomava banho no rio Uruguai, no local conhecido como Volta de Capela, onde estava com familiares.

"Local próximo a uma corredeira, o volume do rio circula pelo canal do rio Uruguai. Além da Grande profundidade tem intensa correnteza, o que impossibilitou a atuação de mergulhadores", disse Rauber.

As buscas ao jovem foram feitas por meio de barcos motorizados, caiaques e drones. O corpo foi encontrado dois dias depois, a 5,7 quilômetros do local onde Jonathan se afogou.

Além da correnteza, as dificuldades no acesso ao local, a turbidez da água e a profundidade excessiva de locais que, muitas vezes, não tem qualquer indicação de banho, são fatores que dificultam o trabalho dos socorristas na hora do salvamento.


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