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Justiça manda a júri popular pai acusado de matar a filha terapeuta; jovem foi sepultada em SLO

  • G1 PARANÁ | FOTO: ARQUIVO PESSOAL
  • 28 de nov. de 2019
  • 2 min de leitura

A Justiça mandou a júri popular nesta quarta-feira (27) um pai acusado de matar a filha, em junho deste ano. A decisão de pronunciar o réu por homicídio qualificado é do juiz substituto Thiago Flôres Carvalho, da 1ª Vara Sumariante do Tribunal do Júri de Curitiba.

O corpo da terapeuta ocupacional Aline Miotto Nadolny, de 27 anos, foi encontrado ao lado da Colônia Penal Agrícola em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 6 de junho. Conforme a Polícia Civil, ela foi enforcada com um cachecol, que pertencia à vítima.

Luiz Carlos Nadolny, de 48 anos, que está preso por tempo indeterminado, confessou o crime em depoimento à polícia. Ele diz ter se descontrolado após uma discussão sobre pensão alimentar da irmã mais nova da vítima.

Na decisão desta quinta, o juiz também determinou que o réu continue preso, negando a possibilidade dele recorrer em liberdade por causa da "periculosidade social do acusado".

"A maneira como, em tese, praticado o delito (por motivo torpe, mediante asfixia e com emprego de meio dificultou a defesa da vítima, tudo contra a própria filha), destacando-se, ainda, que rodou com o corpo por diversos quilômetros, até finalmente desová-lo em outro município, revela a gravidade concreta da conduta", afirmou o juiz.

O crime

O acusado afirmou em depoimento à polícia que foi de carro até a casa da vítima para tentar convencê-la a falar com a mãe sobre o valor da pensão para a irmã mais nova. De acordo com a polícia, os dois se desentenderam durante a carona.

Luiz Carlos Naldony seria ouvido como testemunha, mas quando foi intimado para depor, acabou confessando o crime.

Ele não tinha passagens pela polícia, mas, de acordo com a defesa da vítima, ele já tinha ameaçado familiares por causa de desacordos financeiros.

Ainda segundo a polícia, o homem contou que esganou a filha e que a jovem desfaleceu e morreu dentro do carro. Laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a causa da morte de Aline foi esganadura.

O superintendente da Delegacia de Piraquara, Job de Freitas, afirmou que Luiz Carlos Nadolny costumava ter um bom relacionamento com a filha, mas que fazia três anos que eles não se encontravam.

"Quando ele estava matando, a menina falava: 'pai, eu te amo'", contou o superintendente.

A polícia chegou até o acusado após identificar o veículo dele com a ajuda de câmeras de segurança. De acordo com o delegado, o carro pertence à esposa do suspeito. Houve também denúncia anônima.

No dia em que o corpo de Aline foi encontrado, a Polícia Civil havia informado que o marido dela que tinha o achado. Mais tarde, porém, a polícia informou que na verdade moradores da região que encontraram o corpo em um matagal ao lado do presídio.


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