Fundação Hospitalar sedia primeira cirurgia com protocolo All-on-four para implante dentário
- FUNDAÇÃO HOSPITALAR SÃO LOURENÇO
- 12 de set. de 2019
- 2 min de leitura

Nesta segunda-feira (9), uma equipe do Instituto do Sorisso Maviclin realizou, na Fundação Hospitalar São Lourenço, uma cirurgia utilizando o protocolo All-on-four (que em português significa tudo em quatro) para implante dentário. Trata-se de um protocolo de reabilitação oral que permitir o tratamento de pessoas sem nenhum dente a partir da sustentação da prótese dentária em quatro implantes dentários estrategicamente posicionados.
Especialista em ortodontia, reabilitação com implantodontia, cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, Marcio Foletto conta que o método é inédito em São Lourenço do Oeste. Segundo ele, é uma técnica desenvolvida na Europa, através do português Paulo Maló.
“Tive a oportunidade de conhecer o instituto Maló, em Portugal, e trazer essa técnica para Santa Catarina e Paraná”, revela.
Segundo Foletto, a técnica se destaca, pois permite que o implante seja feito no mesmo dia.
“Numa técnica convencional, o paciente teria que reconstruir o osso, esperar uns seis meses, colocar os pinos, os implantes e depois os dentes. Isso levaria em torno de um ano a um ano e meio”, explica frisando que a técnica All-on-four permite a instalação dos dentes no mesmo dia.
Fora a agilidade, o especialista destaca a tranquilidade e a segurança para o paciente, já que todo o procedimento é feito no ambiente hospitalar. “Ele [paciente] vem para o hospital, nós ministramos os medicamentos necessários junto com o corpo clínico de anestesiologia e todo o procedimento é feito sem dor”, afirma destacando que o corpo clínico de anestesiologia acompanha o procedimento, do início ao fim, para garantir a segurança do paciente.
Domínio e uso da técnica
Segundo o especialista, ao dominar a técnica de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, o profissional tem condições de fazer cirurgias reconstrutivas da face. “Por exemplo, quando um paciente se acidenta de carro e fratura todo o rosto, o profissional habilitado para fazer a reconstrução não é o médico, mas sim o profissional da odontologia que tem essa especialidade e habilitação hospitalar”, explica lembrando que fez residência nessa área no Hospital Evangélico, hoje Mackenzie, em Curitiba.
Foletto adianta que há um projeto em construção, em conjunto com a Fundação Hospitalar, para que toda a região possa ser atendida na área de trauma de face. “Ainda estamos em projeto, mas a ideia é desenvolver essa especialidade aqui dentro do hospital”. Hoje ele já atende nessa área em Francisco Beltrão e Pato Branco. A ideia, em médio prazo, é centralizar esses serviços em São Lourenço do Oeste. “O hospital tem estrutura e condições
para atender a população nessa área”, avaliza o especialista.
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