'Nos ajude a casar': noivos vendem brigadeiros em bares para financiarem o próprio casamento
- Globo.com | Foto: Arquivo Pessoal
- 1 de set. de 2019
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Matheus e Natalie estão juntos desde junho de 2018 e encontraram, na venda de brigadeiros na vida noturna do Centro de Campinas (SP), uma alternativa para arrecadarem dinheiro e concretizarem o sonho do matrimônio. Em um mês, eles conseguiram vender 500 brigadeiros.
O casal contou ao G1 que a ideia surgiu em junho deste ano, logo que decidiram se casar. “Eu estava desempregado na época, tinha acabado de terminar a faculdade, mas disse que queria casar com ela”, relata o cientista de dados Matheus Mion, de 22 anos.
“A gente sempre tentava buscar o momento perfeito, aquele algo a mais. Decidimos dar esse passo mesmo no escuro e seguir em frente com o que a gente estava buscando”, conta Natalie.
“Sempre que a gente se reunia com os amigos, eles amavam nossos brigadeiros. A gente pensou em fazer eles de uma maneira mais elaborada... até pensamos em usar um violão, mas entendemos que o melhor seria a aproximação na conversa”, diz Natalie Sanches, 28 anos, analista de sistemas.
Mion afirma que, caso consigam reunir verba suficiente, eles pretendem realizar o sonho de conhecer a Itália na lua de mel. “A gente quer fazer um tour histórico. Se a gente conseguir, vai ser muito legal, mas vamos precisar de muito brigadeiro para vender”, brinca Matheus, com otimismo. Se o dinheiro arrecadado for menor, Gramado (RS) deve ser o destino dos ‘pombinhos’, segundo relato deles.
Aproximação nas ruas
O casal se conheceu em um retiro de igreja, na virada de ano entre 2017 e 2018, e o bom humor, aliado à paixão que ambos têm por tecnologia e pelo universo ‘nerd’, fez com que os dois se tornassem um casal.
Nas ruas, eles se apresentam com simpatia e roupas ‘engomadas’. Matheus coloca gravata borboleta e Natalie esbanja na maquiagem para, juntos, venderem os brigadeiros que eles mesmos fazem. “Eu falo: ‘Gente olha essa mulher bonita aqui. Eu quero casar com ela, vocês me ajudam?’”, brinca Matheus.
“A gente reveza, o brigadeiro é o Matheus quem faz, e eu fico com o leite em pó, mas os dois sabem fazer os dois”, conta Natalie.
Natalie relata que, em uma das saídas para a venda de brigadeiros, eles foram surpreendidos por uma reação positiva de um estudante de gastronomia. “Ele tinha comprado um dos brigadeiros de leite em pó, veio até a gente e falou que era muito melhor do que o que ele fazia”, relembra Matheus.
A ideia, segundo eles, é também levar às ruas a mensagem do amor que pode ser sentido por todos. “A gente tem aqui uma noção do que é estar juntos, de ir atrás juntos e fazer isso tudo na parceria”, afirma.
Questionados se a cozinha pode se tornar uma fonte de renda fixa, Matheus revela um sonho que eles já compartilham: o de abrirem uma cafeteria. “A gente sonha em ter um lugar com cafés especiais e que venda uns doces bem gostosos, um lugar para discutir política, filosofia, algo bem fora da nossa carreira atual e que tenha uma ‘pegada’ intelectual”, pontua.
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