Novo Horizonte oferece curso de informática para a terceira idade
- ASCOM PM DE NOVO HORIZONTE
- 1 de abr. de 2019
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Atendendo a uma demanda levantada na 4ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, que foi realizada no final de fevereiro, a administração municipal de Novo Horizonte, através da Secretaria de Educação, implementou o curso de informática para a terceira idade. Com uma turma de dez pessoas, as aulas são realizadas todas as quintas-feiras, das 8h às 9h, na Escola Centro Educacional Municipal Novo Horizonte – Cenho.
Aires Favetti tem 76 anos e é uma das alunas do curso. “Quando era criança, as coisas eram difíceis. Não tínhamos oportunidade. Eu fui apenas dois anos à escola e apreendi muito pouco”, disse comemorando que hoje está tendo a oportunidade de apreender algo diferente, de graça e que vai auxiliar no dia a dia. “Estamos apreendendo a mexer no celular e a usar as redes sociais”, revela a aluna adiantando que pretende usar as ferramentas e o conhecimento para conversar com os familiares, amigos e demais grupos da sociedade. Ela acredita que o curso seja também uma forma de inclusão social, já que hoje todo mundo está conectado as redes sociais.
Solange Franzosi, secretária de Educação de Novo Horizonte, acredita que o curso vai além do aprendizado. “É uma forma de melhorar a autoestima desse público”, observa. Para ela, também é uma forma de inclusão social, já que as novas tecnologias fazem parte do dia a dia de toda a sociedade. “Ao permitir esse aprendizado, estamos dando a esse público a possibilidade de manter a independência e, ao mesmo tempo, estar próximo aos seus familiares, já que as redes sociais permitem isso”, disse ela explicando que o curso se tornou realidade a partir da demanda, levantada pelos próprios idosos, e da sensibilidade da administração municipal.
Curso
Responsável por despertar o interesse ao aprendizado e permitir que todos tenham o entendimento, Eduardo Pedro Janceski, professor de informática, confessa que é uma experiência nova e um desafio. Janceski disse que vai trabalhar de acordo com o interesse do grupo. “Neste primeiro momento vamos trabalhar basicamente com o uso do celular e redes sociais. Vamos priorizar isso, pois eles já estão na melhor idade e o desejo é poder conversar com os filhos, netos e amigos”.
Como alguns alunos não são alfabetizados, Janceski disse que não vai ter teoria e apostila. “Vai ser um curso literalmente prático. Vou espelhar meu celular num projetor para eles apreenderem na prática”, detalha o professor.
Segundo Janceski, diferente do público infantil e jovem, que tem habilidade nos dedos para mexer no celular e digitar, por exemplo, a turma do curso da terceira idade precisa ser persistente. “É normal eles terem um pouco mais de dificuldade, em função da coordenação motora, mas eles vão apreender também”, prevê.
Participação
Como é um curso prático, sem teoria, as pessoas podem procurar a secretaria e entrar na turma ao longo da formação. “Nós vamos achar formas e ferramentas para que essas pessoas também possam desenvolver esse aprendizado e acompanhar o grupo. O mais importante é querer aprender”, reforça ele.
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