Idosos respondem por quase metade das mortes por gripe em SC

Pelo menos 12 catarinenses morreram por gripe em Santa Catarina. Do total de mortes, 11 apresentaram algum fator de risco associado, acometendo principalmente idosos (cinco mortes) e doentes crônicos (quatro). Todas as mortes foram causadas por gripe A.

Os óbitos acometeram pacientes residentes em Florianópolis (três mortes), Blumenau e Jaraguá do Sul (duas), Leoberto Leal, Nova Trento, São José, São Miguel da Boa Vista e Videira (uma cada).

No total, 136 catarinenses foram internados por gripe neste ano. Os dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC) mostram ainda que foram acometidas, principalmente, pessoas com algum fator de risco. Do total de hospitalizações, 68,4% apresentaram algum desses fatores, sendo 39 idosos (acima de 60 anos), 31 doentes crônicos, 11 crianças menores de dois anos, quatro gestantes e oito obesos. O levantamento considera os casos até 13 de junho.

Os municípios que mais apresentaram casos confirmados pelo vírus influenza foram: Florianópolis, com 20 casos; Blumenau, São José e Tubarão, com 13 casos; Laguna, com sete casos; Criciúma, com seis casos; Joinville, com cinco casos; Biguaçu e Ituporanga, com quatro casos cada; Araranguá, Braço do Norte, Itajaí, Jaraguá do Sul e Palhoça, com três casos cada.

O subtipo do vírus influenza que mais tem circulado no Estado é o H1N1, com 71 casos, seguido pelo H3N2 (53). O influenza B responde por oito hospitalizações.

Mesmo com a prorrogação da campanha e de um mês e meio de imunização contra a gripe, Santa Catarina não atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é de 90%. No último balanço, o Estado tinha vacinado 83,5% da população-alvo, como idosos, crianças e professores.

Diante da baixa cobertura vacinal, a Dive-SC orienta que os municípios continuem vacinando os grupos prioritários e também crianças de 5 a 9 anos de idade e adultos de 50 a 59 anos até o termino das doses. As crianças que receberam a vacina pela primeira vez neste ano devem retornar às unidades de saúde para receber a segunda dose, somente assim estarão imunizadas contra a doença.

Quem pode se vacinar ainda (enquanto houver doses)

Crianças entre 6 meses e nove anos; gestantes; pessoas a partir de 50 anos; professores; profissionais de saúde; indígenas; puérperas (até 45 dias após o parto)