Joesley Batista e Ricardo Saud deixam sede da PF em SP rumo a Brasília
- G1.globo.com
- 11 de set. de 2017
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Após passarem a madrugada e o início da manhã desta segunda-feira (11) na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, o empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, e o executivo da empresa Ricardo Saud deixaram o local às 10h30 rumo ao Aeroporto de Congonhas, onde embarcam para Brasília. Eles estão presos desde as 14h deste domingo (10).
Os carros da Polícia Federal chegaram a Congonhas às 11h desta segunda. Joesley e Saud não estavam algemados e caminharam pela pista.
Até as 13h40, a aeronave que levará a dupla à capital federal ainda não havia decolado. Conforme apurou a TV Globo, as autoridades esperavam a chegada dos malotes apreendidos durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em São Paulo. Entre os materiais recolhidos nos endereços ligados aos executivos estão documentos e laptops. Os documentos chegaram por volta das 13h40.
Em Brasília, os dois devem primeiro ir à Superintendência da PF e, depois, ao Instituto Médico-Legal (IML). Após pedido da defesa, o Supremo Tribunal Federal abriu uma exceção e determinou que o exame de corpo de delito dos presos seja realizado somente em Brasília. O memorando foi enviado ao setor de custódia da PF em São Paulo no início da noite de domingo.
As prisões são temporárias, com prazo de cinco dias, e podem ser revertidas para preventivas, sem prazo para terminar. Em um áudio, Joesley e Saud chegaram a dizer que não seriam presos. Os dois são suspeitos de omitir informações aos investigadores, o que quebraria o acordo de delação premiada.
Em nota, as defesas de Joesley e Saud disseram que "não mentiram nem omitiram informações no processo que levou ao acordo de colaboração premiada e que estão cumprindo o acordo.
Busca e apreensão
Na manhã desta segunda, a PF cumpriu na capital paulista quatro mandados de busca e apreensão em imóveis relacionados a Joesley e Saud.
Policiais deixaram a sede da PF às 5h para ir a quatro endereços na cidade. Um deles é a casa de Joesley, no Jardim Europa, e outro, a casa de Saud, no Morumbi, ambos na Zona Sul.
Também foram alvos de mandados de busca e apreensão o advogado e diretor jurídico da JBS, empresa do grupo J&F, Francisco Assis e Silva, além do ex-procurador da República Marcello Miller.
A operação foi batizada de "Bocca", em alusão à "Bocca della Verità" escultura romana que, na Idade Média, acreditava-se morder a mão de mentirosos e, portanto, servia como uma espécie de polígrafo à época.

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