Ministro da Saúde defende aumento dos preços de cigarro
- dc.clicrbs.com.br
- 30 de ago. de 2017
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O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu nesta terça-feira (29) o aumento dos preços de cigarros como uma medida para se tentar controlar o tabagismo no país. A pasta trabalha com um cenário de uma majoração de 50%. Além da elevação dos preços, Barros disse ser favorável a uma mudança nas embalagens do produto, consideradas como uma alternativa da indústria para propaganda.
A ideia, que há tempos está em avaliação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é adotar embalagens genéricas, padronizadas para todas as marcas. O ministro, no entanto, observou que as mudanças fazem parte de uma discussão que está em curso no governo e que qualquer alteração depende de um consenso entre os demais integrantes da equipe.
Barros admitiu que um eventual aumento de preços poderia provocar um efeito colateral não desejado, o aumento do contrabando. Medidas para tentar reduzir esse risco, afirmou, estão em análise por um grupo do Mercosul. Os resultados obtidos até o momento, no entanto, não são animadores. Na última reunião entre ministros da Saúde do bloco para discutir o tema, afirmou, não houve consenso.
Projeções feitas pelo Ministério da Saúde indicam que uma eventual alta de 50% no preço dos cigarros poderia evitar em 10 anos 136,5 mil mortes, 507 mil enfartes do miocárdio, 100 mil acidentes vasculares cerebrais e 64 mil cânceres. Somados, esses fatores poderiam evitar a perda de 4 milhões de anos por morte e incapacidade de brasileiros.
A adição de sabor e aroma a cigarros é considerada como uma estratégia da indústria para incentivar a experimentação de jovens ao cigarro. O assunto está há tempos para ser discutido no STF, mas rotineiramente é tirado de pauta.
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