Conservadores vencem eleição, mas perdem maioria absoluta
- Estação Fm
- 9 de jun. de 2017
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As eleições gerais no Reino Unido, realizadas nessa quinta-feira (8), resultaram numa derrota política para o Partido Conservador, liderado pela atual primeira-ministra Theresa May. O pleito, convocado por May para tentar aumentar sua maioria no Parlamento, terminou com os conservadores à frente, porém com uma bancada menor. Os conservadores tinham 330 assentos no Parlamento e conseguiram até agora 315. Os trabalhistas, por sua vez, surpreenderam obtendo 261 assentos.
Com esse resultado, os conservadores não conseguirão mais governar sozinho, sendo obrigados a formar uma coalizão, aliando-se com o Partido Trabalhista ou com o Partido Liberal-Democrata.
Renúncia ao cargo
O líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, já pediu que ela deixe o governo e mesmo colegas de partido pedem que ela abandone o posto. May descarta a renúncia e vai se encontrar com a rainha Elizabeth II, às 12hrs30min locais (8hrs30min no horário de Brasília), desta sexta-feira (9), para pedir permissão para formar um governo mesmo com o resultado desfavorável nas urnas.
A campanha eleitoral de May, que começou em grande estilo, sofreu várias dificuldades durante as últimas semanas. Considerada favorita pelas primeiras pesquisas de opinião – que motivaram a convocação do pleito antecipado - a primeira-ministra perdeu muitos pontos nos dois confrontos televisivos do quais se recusou a participar e em que Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, apareceu muito determinado e preparado.
Dificuldade no futuro político
A perda da maioria absoluta conservadora em Westminster é um forte abalo político. Mas os problemas políticos podem ser muito mais profundos. Em relação à negociação da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), os conservadores apontavam para um “Brexit duro”, enquanto os trabalhistas, e ainda mais os liberal-democratas, querem uma negociação menos hostil com Bruxelas.
“Brexit significa Brexit”, tinha declarado May logo após tomar posse como primeira-ministra em julho de 2016, para salientar sua determinação em negociar sem conceder descontos para os europeus. Uma frase que provavelmente perderá significado por causa do resultado das urnas.
Além disso, em caso de coalizão, muitas políticas do governo conservador, especialmente os cortes de despesas públicas, deverão ser renegociados com os novos “sócios” no Parlamento. Especialmente os trabalhistas já demostraram uma profunda contrariedade em relação a essas escolhas de política econômica.
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