Polícia de Orlando divulga imagens do massacre na boate Pulse
- G1.globo .com
- 1 de jun. de 2017
- 2 min de leitura

A polícia de Orlando, na Flórida (Estados Unidos), divulgou na quarta-feira (31) cerca de 15 horas de imagens inéditas gravadas pelas câmeras dos agentes que no dia 12 de junho de 2016, entraram na Boate Pulse, palco do pior massacre realizado por arma de fogo no país, e que deixou 49 mortos. Segundo a agência Reuters, o material foi requisitado às autoridades e divulgado pelo jornal Orlando Sentinel. Os vídeos apresentam imagens fortes. Nas imagens gravadas pelas câmaras instaladas em seus uniformes, aparecem os agentes entrando no local e se ouve o tiroteio que culminou na morte de Omar Mateen, o americano de origem afegã e que disse ter agido em nome do Estado Islâmico (EI). Em um dos momentos, enquanto encurralava o terrorista, é possível ouvir um dos policiais dizendo: "Senhor Jesus, me proteja", afirmou o jornal americano. Dentro da boate gay, onde se realizava a Noite Latina, aparecem grandes manchas de sangue no chão e os agentes vendo a pulsação das vítimas para saber se ainda estavam vivas. Os vídeos mostram cenas de caos no interior da Pulse, no momento em que a polícia decide entrar no local por uma janela, para acabar com sequestro de dezenas de pessoas que já durava três horas. Em um dos trechos, pode ouvir um dos agentes falando com Mateen: "Mostre-me suas mãos agora. Saia com as mãos para o alto ou morrerá" e em seguida, o barulho de tiros. Com Mateen encurralado em uma extremidade do local, vários agentes retiram os reféns. Nas imagens também é possível ouvir um dos oficiais alertando que pelo menos 20 feridos por arma de fogo estavam no local. As imagens também mostram o atendimento ao agente Michael Napolitano, que levou um tiro na cabeça, mas foi salvo porque a bala atingiu seu capacete, afirma a agência EFE. Após momentos de angústia, com a retirada das pessoas da boate, se ouve um grande estrondo de disparos no interior da Pulse, onde Mateen acabou morrendo. O assassino, que estava armado com um fuzil de assalto e uma pistola automática, disse agir em nome do Estado Islâmico, grupo terrorista ao que jurou lealdade nas suas conversas telefônicas com os negociadores da polícia durante as três horas que permaneceu dentro do clube, mantendo cerca de 30 reféns. No próximo dia 12 de junho, quando completará um ano do massacre, estão previstos vários atos em Orlando em memória das vítimas.
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