Caixa confirma que serão fechadas até 120 agências no país
- Exame
- 29 de mar. de 2017
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O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, afirmou nesta terça-feira, 28, que no processo de revisão de agências estão de 100 a 120 unidades que permanecem deficitárias e passarão por processo de intervenção, seja por meio do fechamento ou de fusão com outras unidades, ou ainda mudança para outro lugar e também uma diminuição.
De acordo com ele, esse processo será efetivado assim que for encerrado o processo de demissões.
Occhi afirmou ainda que a Caixa estima adesão de 5 mil funcionários ao Programa de Demissão Voluntária (PDV).
O banco espera que a economia gerada pelo PDV aconteça já a partir do início do ano que vem, a qual está estimada em R$ 975 milhões ao ano após o payback, ou seja, descontado as despesas com as demissões.
O presidente da Caixa afirmou que o banco irá buscar sobretudo eficiência para alcançar melhoria em sua rentabilidade, ressaltando a mudança no mix das receitas do banco, que deixaram de majoritariamente ser representadas por habitação.
“Tínhamos participação de quase 70% das receitas compostas por imobiliário. Com a maior presença em outros segmentos, houve mudança razoável, para 77% composta por habitação, consignado e crédito para a infraestrutura”, afirmou durante coletiva com a imprensa para explicar os números do ano passado.
Occhi reiterou que o banco está em um novo movimento e que para atingir a meta de melhorar o capital não ficará dependente da venda de ativos.
“Não falamos mais de IPO (abertura de capital em bolsa) na Caixa Seguridade e a venda da Lotex. Estamos com assessores contratados na Lotex e Caixa Seguridade, mas aguardaremos o momento para quando houver informações satisfatórias”, afirmou Occhi.
Ele informou ainda que a venda ou o IPO dependem de condições do mercado e que, se houvesse uma oportunidade, dariam continuidade ao plano. “Mas não podemos ficar dependentes da venda de ativos e buscamos eficiência sem a venda de ativos”, acrescentou.
Occhi reiterou várias vezes que não há intenção do banco de recorrer a um aporte do Tesouro para levar o banco a uma melhor condição de capital, rentabilidade ou eficiência.
“Existe um novo momento na Caixa, acrescentou. Nosso índice de inadimplência já é menor do que 2016, o resultado operacional é melhor do que 2016 e o nosso esforço na redução de despesas é feito de modo consistente para preservar a visão do empregado da Caixa”, disse ainda.
O executivo destacou ainda que o banco tem recursos disponíveis, a partir do melhor uso do capital, para investimentos na área de governo e habitação, que são as duas áreas que terão retomada econômica este ano.
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