Governo lança diretrizes para humanizar parto normal e reduzir intervenções
- G1.globo.com
- 9 de mar. de 2017
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O Governo federal lançou nesta quarta-feira (8) uma série de diretrizes para humanizar o parto normal e reduzir o número de intervenções consideradas desnecessárias. Segundo o Ministério da Saúde, as diretrizes têm como objetivo permitir que a mulher tenha maior poder de decisão sobre como será o nascimento do filho – leia mais abaixo a lista completa. As novas diretrizes, explicou o ministério, são baseadas em evidências científicas coletadas por um grupo de especialistas, entre os quais obstetras, clínicos gerais, neonatologistas, anestesiologistas e enfermeiras, além de integrantes de entidades da área da saúde. O lançamento das diretrizes aconteceu em cerimônia no Palácio do Planalto, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Entre os presentes à cerimônia estavam o presidente Michel Temer, a primeira-dama, Marcela Temer, e os ministros Ricardo Barros (Saúde) e Luislinda Valois (Direitos Humanos).
O que preveem as diretrizes Boa parte das medidas anunciadas já existiam como recomendação do ministério, mas agora, reunidas como diretrizes, serão publicadas no "Diário Oficial" e passarão a ser de cumprimento obrigatório pelas unidades de saúde, ou seja, a gestante pode questionar caso não sejam aplicadas. Outra novidade das diretrizes, segundo a assessoria do ministério, é que as gestantes passarão a ter um plano de parto, com o qual saberão desde o começo do atendimento pré-natal onde farão o parto e como será o procedimento. Assim, terão a oportunidade de conhecer a maternidade e se preparar adequadamente. O ministério espera que esse atendimento estimule os nascimentos por parto normal. Leia abaixo o que as novas diretrizes preveem como medidas que deverão ser incorporadas pelas maternidades: Permitir à mulher a posição que ela preferir durante o parto, visando o conforto; Presença de doulas e de acompanhante; Dieta livre, com o fim do jejum obrigatório; Métodos de alívio para a dor, como massagens, banhos quentes e imersão na água; Direito à anestesia e à reaplicação dela; Contato pele-a-pele da criança com a mãe imediatamente após o parto; Direito à privacidade da gestante e da família; Estímulo à amamentação.
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